Desafios da agropecuária brasileira

Nacional Notícias

A agropecuária é o setor que mais tem contribuído nos últimos anos para que o Brasil mantenha um resultado positivo na formação do PIB nacional. Este ano, o setor agrícola não alcançará o mesmo resultado do ano passado, quando a agropecuária brasileira cresceu 7% em relação a 2012. O setor continua com bom desempenho nas exportações e, de janeiro a outubro, acumula um superávit de US$ 63,2 bilhões, enquanto o déficit dos demais setores da economia chega a US$ 64 bilhões. Ou seja, nossa balança comercial fechará no vermelho, mesmo com o bom desempenho da agropecuária.

Entre os motivos que frearam um pouco nosso desempenho estão alguns fatores climáticos, como a seca intensa na região Sudeste; a deficiente infraestrutura e logística do país, com rodovias precárias, portos sobrecarregados e a baixa capacidade de armazenagem, que elevaram os custos de produção e de transporte, prejudicando as exportações. Bem como os fatores globais, como a crise financeira internacional que se agravou na Europa, e a desaceleração no mercado chinês, principal destino dos grãos brasileiros, que contribuíram para o recuo no preço de algumas commodities.

A expectativa para 2015 é que o setor agropecuário continue crescendo. A produção da safra 2015 está estimada entre 195 e 200 milhões de toneladas, o que representará um incremento médio de até 1%. Será um crescimento modesto para um ano de turbulência na economia, o que indica que algumas medidas terão que ser tomadas pelo governo para que o ciclo de crescimento da agropecuária seja mantido. Hoje, o principal gargalho da agropecuária é a precária infraestrutura e a logística para armazenagem e o escoamento da produção.

O governo já começou a ampliar os investimentos neste setor, com o Plano Integrado de Logística (PIL), em que os portos, hidrovias, ferrovias e rodovias receberão um atendimento especial, com previsão de investimentos de mais de R$ 80 bilhões nos próximos quatro anos.

Rondônia também será contemplada neste plano, com a Ferrovia de Integração Centro-Oeste-Norte, e sua extensão Porto Velho/Vilhena, a duplicação da BR-364, a reconstrução da BR-319, melhorias na hidrovia do Madeira, com a construção das eclusas, entre outras obras que irão mudar o eixo central das exportações do agronegócio e reduzir em muito o custo de escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste.

Fonte: Assessoria