Robson Conceição bate francês e ganha 1º ouro brasileiro no boxe em Jogos

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Robson Conceição fez história nesta terça-feira. Empurrado pelos torcedores presentes no pavilhão seis do Riocentro, o baiano confirmou seu favoritismo com uma vitória incontestável para se consagrar como o primeiro pugilista medalhista de ouro do Brasil em Olimpíadas. O feito histórico veio após vencer a luta contra o francês Sofiane Oumiha por decisão unânime dos jurados (30-27, 29-28 e 29-28) na categoria dos pesos-leves (até 60 quilos).
O resultado faz Conceição superar a melhor campanha do Brasil na modalidade em edições de Jogos Olímpicos. A marca anterior pertencia a Esquiva Falcão, medalhista de prata em Londres-2012.
Os outros medalhistas brasileiros em Jogos Olímpicos são Servílio de Oliveira (Cidade do México-1968), Yamaguchi Falcão (Londres-2012) e Adriana Araújo (Londres-2012), todos com medalha de bronze.
Neste último um ano e meio, Conceição se dividiu entre treinos com a seleção brasileira em São Paulo e com seu técnico pessoal, Luiz Dórea, na Bahia. Isso porque o pugilista baiano queria ficar mais perto da família após o nascimento da filha Sophia.
Apesar dessa “divisão”, Robson participou de todos compromissos importantes da seleção, como finalizações para torneios, como o Mundial, e training camps em outros países. Quem o acompanhou nessas lutas da APB (Liga Profissional da Aiba) foi o técnico Mateus Alves, da Confederação Brasileira de Boxe.
“A comissão técnica da Confederação Brasileira de Boxe é campeão olímpica. Nada se constroi sozinho, é tudo um conjunto”, disse Cláudio Aires, um dos técnicos da seleção, deixando o trabalho em equipe feito com Robson.
“Ele sofreu um trauma muita grande em 2011, quando, no Mundial do Azerbaijão, reverteram o resultado dele nas quartas de final. Tive que acordá-lo às 5h da manhã para avisar que ele estava fora da competição. Depois, eliminado na primeira luta em Pequim-2008 e Londres-2012, vendo colegas do mesmo nível técnico (Esquiva e Yamaguchi) voltando com medalha”, completou Mateus Silva.

Fonte:Eduardo Ohata e José Ricardo Leite
do UOL, no Rio de Janeiro