Obra foi construída com dinheiro de compensação das Usinas do Rio Madeira; comunidade espera há 6 anos para ser atendida no posto de saúde
No penúltimo final de semana, nos dias 9 e 10, uma equipe da agência de notícias do mappingrondonia.com esteve in loco mapeando as reivindicações dos moradores do assentamento Joana Darc sobre a saúde das famílias que vivem no final da Linha 9. Após a visita, foi confirmado que o posto de saúde continua com as portas fechadas após duas gestões.
O que deveria ser um posto de saúde com toda estrutura básica para atender às famílias da comunidade Joana Darc, distante 80 quilômetros da capital, encontramos uma estrutura em um bom estado de conservação, porém com as portas fechadas, como se nunca tivesse sido inaugurada. O posto de saúde foi construido com dinheiro da compensação da Usina do Rio Madeira na gestão do ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT). Após a gestão do psicólogo e mestre em engenharia, foi a vez do médico Mauro Nazif (PSB), que segundo moradores, apenas houve uma “reinauguração” e nunca mais voltaram para atender a comunidade durante os quatros anos do seu mandato.
Preocupados com a falta de políticas públicas, as comunidades que compõem as linhas do assentamento Joana Darc, Linha 9, exigem da nova equipe do prefeito Hildon Chaves (PSDB), especialmente do recém empossado responsável pela pasta da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), o médico Orlando
Ramires, que o posto funcione para atender a comunidade de uma forma efetiva.
Esquecidos pelo poder público há duas gestões, moradores afirmam que a obra foi concluída pela Santo Antônio Energia, mas nunca foi entregue à comunidade. O problema já se entende há mais de 5 anos e os moradores da comunidade estão totalmente esquecidos sem atendimento médico.
— O posto de saúde foi construído pra atender a comunidade mas até hoje ele continua com as portas fechadas, quando o prefeito era o Mauro Nazif, eles apareceram uma vez, fingiram que reinauguraram mas logo em seguida fechou as portas novamente — disse Carlos Júnior, moradora da Linha 9.
No dia 26 de julho de 2013, famílias ficaram 15 dias em frente ao escritório da Santo Antônio em Porto Velho para reivindicar o direito a saúde dos assentados e moradores que compõe a comunidade. Na reunião, a Secretaria de Saúde de Porto Velho se comprometeu a enviar servidor para trabalhar no posto de saúde que estava desativado na região. No tempo, a administração do escritório da Santo Antônio Energia, afirmou que ainda tinha recurso de compensação na área da saúde, que se fosse autorizado pela secretaria, repassariam para contratação de médicos.
Enquanto entra e sai governantes no Poder Executivo de Porto Velho, 6 anos se passou e as duas administrações não resolveram o problema de saúde do Joana Darc. Com a nova gestão tucana há nove meses no Palácio Tancredo Neves, a comunidade aguarda ansiosamente para ser atendida no posto de saúde.
Para Carlos Júnior, morador da Linha 9 do Joana Darc, é muito desgastante sair do seu lar e enfrentar 80 km de estrada de chão para realizar um simples exame na cidade.
Fonte:Mique Fonseca